quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O mundo vai acabar mesmo em 21/12/2012?

Figura 1: Cristo Redentor destruído no filme
 "2012 "por um colapso climático e tectônico

Especialistas em astronomia, os maias relacionavam o final do ciclo de 5125 anos em que viviam a um importante alinhamento espacial. Observando da Terra, o Sol vem “andando” lentamente, de leste para oeste, em relação ao centro da Via Láctea.
Chamada pelos maias de Árvore Sagrada da Vida, o conjunto de astros que forma a Via Láctea seria uma espécie de eixo, que vai de norte a sul. Pelos cálculos deles, o Sol estaria se alinhando com o centro da Galáxia.
Pelas dimensões espaciais, esse alinhamento seria um longo processo. Ele teria começado o rolê em 1982, atingindo a posição mais centralizada em 1998 e ainda se estenderia até 2014. Ou seja, o “fatídico” ano 2012 estariam dentro desse calendário espacial.
Mas isso é realmente verdade? Sim. Segundo astrônomos do mundo todo, os cálculos maias estão corretos e esse alinhamento está mesmo ocorrendo. Cientificamente dizendo, baseado em várias teorias, a força gravitacional desse alinhamento poderia desencadear um colapso gravitacional na Terra, desembocando em:

  • Mudanças climáticas acentuadas: essa tese está alicerçada na teoria de que a gravidade exercida pelo sol e o centro da Via Láctea mudaria os pólos magnéticos do Planeta. O problema é que esse movimento de inversão dos pólos confundem a Terra pois os pólos mudando o eixo terrestre também mudaria, o que alteraria as variações climáticas por cada palmo terrestre;
  • Tectonismo: São movimentos nas placas tectônicas que tem efeitos na crosta terrestre. Talvez ocorra com grande frequência em 2012 e os sintomas serão:
  • Vulcanismo: A força gravitacional seria tão intensa que faria as placas tectônicas serem atraídas “para fora”. Imagine você andando de boa no dia 21 de dezembro de 2012 e de repente o asfalto começa a trincar e uma grande fissura começasse abrir como no filme “2012”. Não é impossível, mas seria necessária uma força colossal para que isso ocorresse e é muito improvável que a gravidade faça isso com nosso Planeta.
  • Tsunamis violentos: Geralmente desencadeado por tectonismo (sim, há outras formas de causar um tsunami, diferente do que você aprendeu na escola), trata-se de ondas gigantescas e longas que arrastam tudo o que vê pela frente (os japoneses que o diga)
  • Terremotos: Nada mais é que as batidas, “encavalamento” ou “esfregamento” entre as placas tectônicas. Cidades seriam destruídas por todo o mundo e ocorrendo nos oceanos causariam os tsunamis.
  • Tempestades solares: Ou ventos solares, esse fenômeno é belo e perigoso pois o Sol manda de presente para os planetas, partículas carregadas provenientes da coroa solr. Essas partículas podem ser elétrons e prótons, além de sub-partículas como os neutrinos. É mais ou menos como aqueles poderem que o pessoal dos cavaleiros do Zodíaco mandavam. Esses ventos são contínuos e é possível ver seus efeitos na Terra com as auroras boreais, são aquelas coias bonitas coloridas nos céus dos EUA e Canadá. Especulações dizem que a alinhamento da Galáxia fará o Sol enviar mais desses ventos pra gente, mas a Terra está protegida por um campo magnético externo chamado Magnosfera.
  • Quebra da Magnosfera: Contraria a opção acima e é a mais preocupante. Essa esfera magnética protege nosso Planeta por corpos sólidos (asteroides) e os ventos solares. Essa magnosfera é mais vulnerável nos pólos e justamente por isso que os ônibus espaciais adentram a Terra no pólos e a aurora boreal ocorre principalmente no Ártico. Bom, se ocorrer essa quebra mesmo, teremos aurora boreal aqui no Brasil, imagine só que lindo.
Figura 2: Calendário Maia esculpido em rocha colorido digitalmente.
      Esse é o mentor de tanta polêmica e futuras histerias.
                                                                                                                                              
                                                                                                                      
Ainda com essas brilhantes teorias, e muito bem baseadas, é possível afirmar que tudo isso ocorra, mas é muito improvável. As chances de isso ocorrer exatamente no dia 21 de dezembro de 2012 são as mesmas em qualquer dia do ano como hoje, amanhã, no aniversário de 65 anos da sua tia de Ribeirão Preto, enfim, qualquer dia. Isso porque não há evidências concretas que afirme o centro da Galáxia como um grande campo gravitacional a fim de causar esse colapso.
Aí você deve estar pensando: Mas o calendário maia não termina em 21/12/2012? Aquele belíssimo calendário esculpido em pedra sim e coincide com essa data, mas um detalhe interessante é que os maias nunca profetizaram o fim do mundo. Eles simplesmente fizeram uma espécie de “ilustração” sobre o fim de um ciclo e inicio de um novo, mas não que o mundo acabaria nessa data. É mais ou menos como eu disser que um ano está acabando, ou que comecei um novo emprego, ou que saímos da era de peixes e entramos na era de aquário. Não é a primeira vez que o mundo acaba em final de um ciclo e a prova disso foi o “fim do mundo” na virada de 1999 para 2000 ou quando há datas numericamente interessantes como 09/09/09, 11/11/11 ou até mesmo em 13 de dezembro de 2011 às 10:09 da manhã (13/12/11 10:09). O conhecimento astronômico preciso dos maias, e suas crenças astrológicas, causaram um furor exotérico nas pessoas fazendo mais uma alusão ao fim de todas as coisas na Terra, o que para os brilhantes maias não era bem assim, mas tudo isso vale pelo fascínio de tentar conhecer como será o fim dos tempos.

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